Mais de 200 alunos em Ribeirão Vermelho estão sem aulas por causa de reforma em escola

Mais de 200 alunos da rede municipal de educação de Ribeirão Vermelho  estão sem aulas, por causa de obras na escola. A prefeitura até queria que os alunos continuassem a estudar em um salão do complexo da Estação Ferroviária, mas, a pedido do Conselho Tutelar, o Corpo de Bombeiros fez uma vistoria e viu que o lugar não está totalmente adequado para os estudantes.

A Escola Municipal Manoel Pereira Ramalho passa por uma obra de revitalização. Havia infiltrações, defeitos elétricos e a necessidade de uma reforma. Por isso, a escola  não receberia os alunos do dia 27 de dezembro até 27 de março.

Com o calendário escolar de 2018 prevendo o retorno às aulas para o dia 1º de fevereiro, a solução foi usar as salas da escola estadual.

“A equipe da Educação procurou a Superintendência de Educação, procurou a diretoria da escola estadual. E eles nos concederam a escola, com o acordo que [no dia] 19 de fevereiro, com o retorno das aulas do Estado, nós teríamos que desocupar o prédio da Escola Estadual Antônio Novaes”, explicou a prefeita Ana Rosa Lasmar.

Do dia 19 em diante, as aulas continuariam em um salão que pertence ao complexo da Estação Ferroviária, mas muitos pais questionaram a segurança dos alunos.

“O galpão não era apropriado porque lá é moradia de pombos, é carrapato, é muita coisa. O local é aberto, é próximo do rio. Tem crianças que não respeitam, poderiam estar saindo, até acontecendo algum acidente lá. A gente não sabe”, disse Suellen Oliveira Cruz, que é mãe de um aluno.

Segundo os bombeiros, faltava ainda instalar extintores de incêndio, luzes de emergência, placas informando as saídas e, fechar as portas que davam acesso à linha férrea. Tudo isso foi cumprido pela Secretaria de Educação, mas não significa que o local está apto para receber os estudantes.

“Precisa ser avaliado quais as medidas para aquela ocupação. Então, assim, colocar algumas medidas mitiga o risco, não implica necessariamente em uma interdição, porque não haveria, por exemplo, o risco iminente, mas não estaria regular. Estaria sempre sendo advertido e sofrendo as sanções previstas em lei. Então obviamente não é recomendado, porque para ter a liberação total tem que ter todas as medidas de segurança, que é o ideal, que é o que a lei prevê”, afirmou o sargento Sílvio Alves Barbosa.

A obra da escola está orçada em R$ 500 mil. Segundo a prefeita, o cronograma foi adiantando e as aulas devem voltar ate o dia 3 de março. Sem aula, os alunos receberam uma apostila para estudar em casa. Enquanto isso, os professores cumprem horário no salão onde seriam as aulas. “Os professores estão de plantão aqui aguardando que o pai, a mãe ou o familiar traga essa criança, porque lugar de criança é ao lado do professor”, completa a prefeita.

*G1 Sul de Minas

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