Má conservação dos pontos de ônibus geram críticas dos usuários lavrenses

 

 

Faça chuva, sol ou tempestade. Quem precisa se abrigar em um ponto de ônibus de Lavras corre o risco de ficar na mão. A reportagem do Lavras 24 Horas percorreu alguns deles essa semana para registrar a situação de desconforto que os usuários do transporte público na cidade são obrigados a vivenciar no seu dia-a-dia.

Se o preço da passagem municipal está salgado e o serviço da empresa Autotrans tem falhas estruturais mensuráveis sem qualquer tipo de levantamento técnico, eles se somam à precariedade e o  abandono dos pontes de ônibus no município. Um retrato que diz muito sobre a real situação do transporte público, que poderia ser mais eficiente e quem sabe um modelo para toda região. Mas não é o que acontece.

Prova disso é o que se encontra na avenida Padre Dehon, bairro Centenário, bem próximo ao Centro Universitário de Lavras (Unilavras).Com ferros de sua estrutura torcidos, o ponto de ônibus,  que deveria oferecer conforto e segurança, tem sua base comprometida por conta de rachaduras profundas nas ligas de solda. O banco torto pode quebrar a qualquer momento. As lâminas de resina no teto também estão retorcidas, ressecadas pelo sol, com pontos de oxidação e ferrugem em vários pontos da estrutura de ferro do ponto.

Isabela de Melo Souza, estudante da Universidade Federal de Lavras (Ufla), conhece bem essa realidade. Ela utiliza o ponto da Rua Firmino Sales, porta de entrada e saída de usuários de Ribeirão Vermelho e Perdões, que chegam à cidade por meio dos ônibus intermunicipais.

Ponto de ônibus no bairro Centenário oferece risco de acidentes.

“É uma situação bem crítica. Ficamos debaixo do sol todos os dias. E se chover nós temos que nos esconder em outro local e correr para pegar o ônibus quando ele chega. Eu gasto mais de R$ 300 por mês para vim para estudar na universidade. Vários pontos da cidade estão nessa situação”, disse a estudante natural de Perdões.

Ela afirmou ainda apenas que dois pontos a possuem bancos, um tem  cobertura e que somente o ponto da rodoviária possui cobertura e banco, sendo este o último ponto dentro da cidade. “Esse problema tem sido humilhante para nós que pagamos caro por passagens. Espero que possam usar minha experiência para ajudar no protesto sobre esses pontos, falo por mim e por muito que passam por esse descaso”, finalizou.

Ponto no banco Centenário.

Intervenção

Não é para menos. O ponto pequeno e enferrujado que Isabela de Melo Souza utiliza não dá conta de suprir a demanda de usuários. Muitos passageiros permanecem de pé a espera do ônibus. O teto do ponto não existe. O sol a pino corta sua estrutura, no espaço amplo onde deveria existir um teto, e vira um incomodo para o cidadão que conseguiu um lugar para sentar.

A última intervenção para a recuperação e colocação de novos postos de ônibus em Lavras aconteceu em 2011. De lá para cá a situação deles só piorou. O que existe na avenida Pedro Sales, embora seja de concreto, também teve uma pequena parte de sua estrutura destruída. Hoje vergalhões de ferro ficam a mostra para quem utiliza o espaço.

Ponto da avenida Pedro Sales, zona norte da cidade.

Na Praça Leonardo Venerando Pereira, antiga Praça da Bandeira, um dos principais pontos de ônibus da cidade, a coisa também não vai bem. Com vários pontos de ferrugem em sua estrutura, Joice dos Santos, estudante da Ufla, não economiza nas críticas à situação do ponto e da empresa Autotrans.

“A maioria dos pontos de ônibus está em muito mal estado de conservação. Eles não condizem com o preço da passagem cobrada pela empresa. Outro fator negativo é o atraso dos ônibus. Moro no Jardim Glória e a linha teve dois horários cortados para a Ufla. O preço da passagem também não condiz com a qualidade do serviço oferecido”, desabafou.

 

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