Má conservação de pontos de ônibus geram crítica de usuários

 

 

Faça chuva, sol ou tempestade. Quem precisa se abrigar em um ponto de ônibus de Lavras corre o risco de ficar na mão. A reportagem do Lavras 24 Horas percorreu alguns deles essa semana para registrar a situação de desconforto que os usuários do transporte público na cidade são obrigados a vivenciar no seu dia-a-dia.

Se o preço da passagem municipal está salgado e o serviço da empresa Autotrans tem falhas estruturais mensuráveis sem qualquer tipo de levantamento técnico, eles se somam à precariedade e o  abandono dos pontes de ônibus no município. Um retrato que diz muito sobre a real situação do transporte público, que poderia ser mais eficiente e quem sabe um modelo para toda região. Mas não é o que acontece.

. Ponto de ônibus no bairro Centenário oferece risco de acidentes.

Prova disso é o que se encontra na avenida Padre Dehon, bairro Centenário, bem próximo ao Centro Universitário de Lavras (Unilavras). Com ferros de sua estrutura torcidos, o ponto de ônibus,  que deveria oferecer conforto e segurança, tem sua base comprometida por conta de rachaduras profundas nas ligas de solda. O banco torto pode quebrar a qualquer momento. As lâminas de resina no teto também estão retorcidas, ressecadas pelo sol, com pontos de oxidação e ferrugem em vários pontos da estrutura de ferro do ponto.

Isabela de Melo Souza, estudante da Universidade Federal de Lavras (Ufla), conhece bem essa realidade. Ela utiliza o ponto da Rua Firmino Sales, porta de entrada e saída de usuários de Ribeirão Vermelho e Perdões, que chegam à cidade por meio dos ônibus intermunicipais.

“É uma situação bem crítica. Ficamos debaixo do sol todos os dias. E se chover nós temos que nos esconder em outro local e correr para pegar o ônibus quando ele chega. Eu gasto mais de R$ 300 por mês para vim para estudar na universidade. Vários pontos da cidade estão nessa situação”, disse a estudante natural de Perdões.

Intervenção

Não é para menos. O ponto pequeno e enferrujado que Isabela de Melo Souza utiliza não dá conta de suprir a demanda de usuários. Muitos passageiros permanecem de pé a espera do ônibus. O teto do ponto não existe. O sol a pino corta sua estrutura, no espaço amplo onde deveria existir um teto, e vira um incomodo para o cidadão que conseguiu um lugar para sentar.

A última intervenção para a recuperação e colocação de novos postos de ônibus em Lavras aconteceu em 2011. De lá para cá a situação deles só piorou. O que existe na avenida Pedro Sales, embora seja de concreto, também teve uma pequena parte de sua estrutura destruída. Hoje vergalhões de ferro ficam a mostra para quem utiliza o espaço.

Ponto da avenida Pedro Sales, zona norte da cidade.

Na Praça Leonardo Venerando Pereira, antiga Praça da Bandeira, um dos principais pontos de ônibus da cidade, a coisa também não vai bem. Com vários pontos de ferrugem em sua estrutura, Joice dos Santos, estudante da Ufla, não economiza nas críticas à situação do ponto e da empresa Autotrans.

“A maioria dos pontos de ônibus está em muito mal estado de conservação. Eles não condizem com o preço da passagem cobrada pela empresa. Outro fator negativo é o atraso dos ônibus. Moro no Jardim Glória e a linha teve dois horários cortados para a Ufla. O preço da passagem também não condiz com a qualidade do serviço oferecido. É humilhante. Espero que possam usar minha experiência para ajudar no protesto sobre esses pontos, falo por mim e por muito que passam por esse descaso” desabafou.

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