Leishmaniose: Vigilância em Saúde pede atenção no combate aos focos do Mosquito Palha

A Vigilância em Saúde tem realizado ações constantes para o combate e controle da Leishmaniose, principalmente nas áreas com registro da doença. A equipe conta com a participação da população para acabar com os focos do Mosquito Palha, que é o transmissor, e a posse responsável dos cães, que devem passar por testes e vacinação.

Em 2017, foram registrados cinco casos de Leishmaniose Visceral em Lavras, tendo acometido três crianças e dois adultos. Todos foram casos graves, com uma evolução para óbito, tendo exigido internações e tratamentos prolongados, com muito desgaste dos pacientes e familiares, e intensa atenção de toda equipe de Saúde.

A Vigilância em Saúde intensificou as ações de controle e combate ao mosquito (borrifação nos domicílios para controle do mosquito), inquérito canino censitário (teste rápido de leishmaniose em cães) e atividades de Educação em Saúde. A equipe do Governo Municipal contou com grande parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA) nas diversas ações de controle da doença.

Para este ano, a Vigilância continua em alerta e acompanhando tudo o que envolve o cenário da Leishmaniose, o ambiente: monitorando áreas de risco e fiscalizando casas que oferecem condições para reprodução do inseto transmissor da doença; monitorando e castrando cães de ruarealizando teste rápido, quando necessário e investigação de cães de proprietários nos bairros; monitoramento do inseto transmissor, com borrifação, quando necessário, e investigação de quantidade de insetos em áreas de risco, por meio de armadilhas específicas; e educação em saúde, com palestras em empresas e escolas, conscientizando dos riscos desta doença, medidas preventivas e principalmente da importância de cada um fazer a sua parte, sendo um agente de transformação de nossa realidade.

Características epidemiológicas daLeishmaniose Visceral

A Leishmaniose Visceral (LV) é transmitida pela fêmea do inseto do gênero Lutzomya, também conhecido como mosquito palha. O inseto pica cães infectados e, posteriormente, pica os humanos, transmitindo a doença.

Os principais sintomas e sinais clínicos da doença em humanos são:

  • Febre irregular de longa duração (mais de 7 dias);
  • Falta de apetite, emagrecimento e fraqueza;
  • Barriga inchada (pelo aumento do fígado e do baço, com o passar do tempo).

Quando diagnosticada em tempo, a Leishmaniose Visceral em humanos tem tratamento gratuito e disponível na rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).

Combate ao Mosquito Palha:

Como medida de controle deve-se evitar a criação e proliferação do inseto vetor da doença, que se reproduz no meio de matéria orgânica e em criadouros de animais. Para isso deve-se:

  • Evitar a criação de porcos e galinhas em área urbana;
  • Manter a casa e o quintal livres de matéria orgânica, recolhendo folhas de árvores, fezes de animais, restos de madeira e frutas;
  • Todo esse lixo deve ser embalado e fechado em sacos plásticos;
  • Os proprietários de terrenos desocupados devem adotar as mesmas medidas descritas acima.

Com relação aos cães, os principais sinais clínicos são:

  • Apatia; (desânimo)
  • Lesões de pele;
  • Queda de pelos, inicialmente ao redor dos olhos e nas orelhas;
  • Emagrecimento;
  • Lacrimejamento (conjuntivite);
  • Crescimento anormal das unhas.

Vale ressaltar que os cães podem ficar infectados por vários anos sem apresentarem sinais clínicos, constituindo-se fontes de infecção para o inseto transmissor, e, portanto, um risco à saúde de todos. A única forma de detectar a infecção nestes animais é através dos exames de laboratório específicos.

A Vigilância em Saúde recomenda aos proprietários: manter o animal em ambientes telados com malha fina durante o período de maior atividade do inseto transmissor (do entardecer ao amanhecer); o uso de coleiras repelentes de insetos; adotar a posse responsável do animal, não permitindo que o mesmo fique solto nas ruas; além da vacinação dos animais que apresentarem resultado negativo em teste rápido para Leishmaniose Visceral Canina.

O telefone da Vigilância em Saúde Ambiental para mais informações é o 3821-6677.

 

*Ascom Prefeitura  Municipal de Lavras

Compartilhe esta notícia:

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Últimas Notícias