O lavrense viveu um dia de caos por conta da greve dos caminhoneiros que se espalhou pelo país neste quarta-feira, dia 23. A categoria, que exige a isenção total dos impostos federais que incidem sobre os combustíveis, bloqueou diversas rodovias da região do Sul de Minas e do país.
A greve suspendeu a coleta de resíduos de lixo em vários bairros da cidade. Em nota, a Prefeitura Municipal informou que o problema tem sobrecarregando o sistema, impedindo que novos recolhimentos sejam realizados e pediu para que a população não colocar o lixo na calçada. Mas a reportagem apurou que há lixo acumulado nas vias.
A reportagem do Lavras 24 Horas apurou que até as 21h, que muitos postos de combustíveis haviam encerrado o fornecimento de gasolina. Combustíveis como álcool e diesel exigiam filas grandes para serem conseguidos, como em dois postos na zona norte da cidade.
O engarrafamento nos postos provocou também atrasos nas linhas de ônibus ao longo do dia. A empresa Autotrans informou que, devido à greve dos caminhoneiros, optou por oferecer o serviço no horário de sábado nesta quinta-feira, dia 24, o que reduzira o número de veículos nas ruas. Nos supermercados e verdurões também já começa a faltar determinados produtos alimentícios.
A subida do preço do combustível nas últimas semanas provocou uma série de manifestações de caminhoneiros no país. Hoje a manifestação entrou no terceiro dia e os caminhoneiros bloquearam estradas e em 23 estados e no Distrito Federal.
Mudança
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, anunciou na noite desta quarta-feira (23) a redução de 10% no preço do diesel nas refinarias e disse que a redução será mantida por 15 dias.
Segundo Parente, a redução anunciada significa uma queda de 23 centavos no preço do litro nas refinarias e de 25 centavos para os consumidores. Parente deixou claro que decisão sobre o diesel não abre margem para que o preço da gasolina também caia.
“É uma medida de caráter excepcional. Não representa uma mudança de política de preço da empresa”, afirmou o presidente da estatal durante entrevista coletiva. “São 15 dias para que o governo converse com os caminheiros”, acrescentou.
