Lavras: Hippies contestam órgãos que pretendem rever ocupação na região central

Hippies que trabalham na região central de Lavras contestaram o posicionamento adotado por vários órgãos públicos que estiveram reunidos na semana passada para discutir a ocupação desornada feita na Praça Dr. Augusto Silva e seu entorno.

A reunião contou com a presença de representantes da Câmara Lojista de Lavras (CDL), Conselho do Patrimônio Histórico de Lavras, 54ª Companhia de Polícia Militar, e das secretárias de Assuntos Econômicos, Cultura, Proteção Social e Especial, e Desenvolvimento Social da Prefeitura Municipal.

O posicionamento é adotado por hippies que afirmam viver em Lavras e que não seriam imigrantes. Segundo Saimon Celmo Marino, 33 anos, nenhum deles foi chamado para participar da reunião. “Seria interessante um de nós estar presente para dialogar. Eu acredito que a gente poderia chegar a um acordo entre nós, os comerciantes e a população”.

Ele afirmou que o grupo já procurou a Prefeitura Municipal e a Câmara de Vereadores para tentar solucionar a questão, mas o impasse sobre a situação continua. “Nós somos apenas três aqui em frente aos bancos, quando aparecem hippies de outras cidades é que tumultua esse espaço”, argumentou.

A hippie Carla Regina dos Santos, 39 anos, disse que a sujeira encontrada nos espaços ocupados diz respeito aos moradores de rua, não aos hippies. “Nós temos respeitado o espaço de ir e vir do cidadão”. O terceiro membro do grupo, Júlio César Fernandes, defendeu a criação de um espaço destinado aos artesãos da cidade, mas num local que seja acessível à população. “Eles queriam criar um espaço para a gente na Praça da Estação Ferroviária da cidade, mas quem vai comprar o nosso trabalho lá?”, questionou.

Como mostrou a reportagem do Jornal Lavras 24 Horas na semana passada, os órgãos alegam que a presença dos hippies e ambulantes no espaço da Praça Dr. Augusto Silva e seu entorno tem diminuído a livre circulação de pedestres nas calçadas que dão acesso às lojas e instituições financeiras.

Empresários do comércio varejista também tem reclamado da presença dos andarilhos, já que muitos sofrem coma sujeira deixada pelos mesmos nas portas das lojas. Já o Conselho do Patrimônio Histórico de Lavras e Secretária de Cultura defendem que a Praça Dr. Augusto Silva deve ser preservada, já que é um espaço tombado.

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