Laudo aponta morte de mineiro após Tomorrowland por ‘causa natural’

 

 

O laudo necroscópico no corpo de Luiz Ricardo Parreiras, homem de 32 anos que morreu após passar mal no Tomorrowland, indicou “causa natural”. A informação é do delegado José Moreira Barbosa Neto, responsável pelas investigações comandadas pelo 4º Distrito Policial de Itu (SP). Parreiras, que trabalhava como gerente de recursos humanos, veio de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), para participar da segunda edição do festival de música eletrônica, realizado no mês de abril em Itu, no interior de São Paulo.

De acordo com Moreira, o inquérito segue aberto, já que aguarda a chegada do laudo do exame toxicológico antes de concluir as investigações. “O exame deve verificar se tinha alguma substância irregular nas vísceras dele, mas acredito que seja só boato, que não tinha drogas. Se tivesse, o exame necroscópico teria verificado”, afirmou.

A irmã da vítima, Valéria Parreiras, que mora em Betim (MG), chegou a prestar depoimento na delegacia. Moreira disse ainda que, após a chegada do laudo toxicológico, o inquérito será relatado e enviado para o Fórum, que decide sobre um possível arquivamento ou não da investigação.

Parreiras era formado em jornalismo, mas trabalhava como gerente em uma empresa de Recursos Humanos na cidade mineira. Ele morreu na madrugada do dia 23 de abril, após passar mal no festival de música eletrônica.

O corpo foi reconhecido por amigos e pela irmã. Após passar por exames no Instituto Médico Legal (IML) em Sorocaba (SP), foi liberado na manhã do dia 25 e levado para a cidade de Contagem, onde foi sepultado. Segundo informações da Polícia Militar, o rapaz passou mal enquanto estava no Tomorrowland e foi levado pela equipe de plantão do evento para o pronto-socorro do hospital São Camilo. Ele não resistiu e chegou morto ao hospital após uma parada cardiorrespiratória.

Família
O G1 conversou com a irmã de Parreiras logo após ela chegar em Itu para reconhecer o corpo do gerente de recursos humanos. “Fiquei sabendo pela internet que o meu irmão tinha morrido. Foi um susto muito grande, então nós ainda estamos perplexos com isso”, disse a irmã ao G1 no dia 24 de abril. Ela mora em Betim (MG), cidade ao lado de Contagem, e veio para Itu para providenciar a liberação do corpo do irmão.

Valéria contou que o irmão veio com um grupo de amigos para participar do evento em Itu. O jovem tinha comprado ingresso para participar dos três dias do evento e deveria retornar para Contagem após o festival.

“Ele estava muito empolgado com a festa e sempre teve vontade de ir. Mostrava vídeos da edição do ano passado e ficou muito feliz quando a pulseira chegou. Mas infelizmente aconteceu essa tragédia”, afirma ao lembrar que chegou a conversar com Parreiras durante o primeiro dia da festa.

A irmã diz ainda que o gerente de Recursos Humanos não tinha problemas de saúde. “O que a gente sabe é que foi algo relacionado com o coração, porque eu li na internet. Ainda não recebi muitas informações do hospital”, explica.

Evento
A assessoria de imprensa do Tomorrowland confirmou que os organizadores socorreram a vítima assim que perceberam que ele estava passando mal e que encaminharam o homem até o hospital da cidade.

A organização do Tomorrowland disse ainda, em nota, que lamenta o ocorrido e espera “a conclusão do trabalho das autoridades de Itu, que deverá esclarecer com exatidão o que aconteceu”. O evento, que teve início na Bélgica, é um dos principais festivais de músicas eletrônica do mundo. Em Itu, foram três dias da festa.

Segunda morte
Essa foi a segunda edição do evento na cidade. Em 2015, o corpo de um homem de 37 anos que trabalhava no Tomorrowland foi encontrado dentro de um caminhão de lixo na tarde do dia 3 de maio. Segundo a Polícia Civil, Domingos Correa Soares teve traumatismo craniano em decorrência de uma pancada.

Ainda de acordo com a polícia, o homem havia trabalhado no festival de música eletrônica, mas teria sido morto fora do recinto do evento. Ele era contratado de uma empresa da capital paulista que prestava serviços no local.

 

Fonte: G1

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