Um sistema de reciclagem adotado em Alpinópolis permite a troca de materiais que seriam jogados no lixo por mantimentos e produtos para casa. Com a iniciativa, um terço dos resíduos sólidos produzidos pelos moradores já é reciclado, segundo o Departamento de Ação Social do Município, que integra a coordenação do projeto. Quem participa ganha um vale-compras.
“O pessoal está começando a entender o que é a reciclagem não só para a cidade, mas para o planeta. Então a gente trabalha em cima da conscientização”, diz Maria Cecília Vilela Santos, diretora do departamento.
O projeto “Ventania e Cidadania” existe há três anos e, segundo Maria Cecília, das 15 toneladas de lixo gerado por mês pelos moradores, cinco chegam à central de reciclagem, onde acontecem a separação e a pesagem dos materiais.
“O pessoal traz o material separado, limpo e seco porque cada material tem um valor”, explica a coordenadora da central, Maria Aparecida Alves. A partir dessa seleção é emitido o vale-compras, que é trocado por produtos em uma mercearia montada logo ao lado da central.
“Eu separo e reciclo”, conta a pensionista Maria Aparecida Cardoso Vaz, que costuma guardar latas, papelão e garrafas de plástico. “Faço as minhas compras aqui [na mercearia do projeto] e ajudo o meio ambiente”, garante.
Carmo da Cachoeira
Uma proposta semelhante começou a ser desenvolvida em Carmo da Cachoeira em 2004. Na cidade, o vale-compras ganhou o nome de “vólus”, expressão derivada da palavra voluntários, e existe até hoje.
Segundo a Secretaria de Promoção Social da cidade, cada vólus equivale a R$ 1,50. Os participantes conseguem fazer a troca em um mercado solidário, mantido por meio de doações. O programa já chegou a atender 70 famílias, mas atualmente conta com 10 famílias, de acordo com o órgão.