Igreja Matriz de Sant’ana ganhará selo comemorativo dos Correios

Neste mês de setembro é comemorado os 100 anos de construção da sede da matriz de Sant’Ana, antes Igreja do Rosário. Para celebrar esta data importante para a cidade acontecerá uma programação especial, que começa na próxima quarta-feira, dia 27, , com a celebração do Tríduo Comemorativo.

Estarão presente nas celebrações os padres que foram párocos da matriz, Pe. Iliseu Shneider, Pe. Elígio Stüllp e Pe. Dionísio Messias Leão, além da comunidade cristã, representantes de pastorais, movimentos, associações e padres convidados das paróquias do município.

No dia 30 de setembro (sábado), após a Santa Missa, às 20h, será realizada uma solenidade especial, no salão paroquial, na qual será feito o lançamento do 1º Selo Porte com a figura do tempo de Sant’Ana.

Neste evento estará presente o representante dos Correios de Minas Gerais e ainda representantes dos poderes legislativo, executivo e judiciário, além de entidades, instituições de Lavras, padres e comunidade de Lavras.

História

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, patrimônio histórico de Lavras, foi construída entre 1751 e 1754. Ela foi a matriz até a construção da nova sede do templo, em 1917.

O terreno onde está a matriz foi comprado pelo Capitão Evaristo Alves de Azevedo, por três contos de réis. O custo total da construção ficou em 120 contos de réis, que naquela época era muito dinheiro. A ideia era que a obra refletisse o espírito progressista da Belle Époque. Em 1893, a paróquia é assumida pelo Pe. Francisco Severo Malaquias e só em 29 de junho de 1904, que se dá início a obra.

O dinheiro gasto com a construção da matriz foi arrecadado, por meio de ações realizadas pelo padre Francisco. Foi ele que, com toda sua dedicação, levantou a obra que completa em 2017 seus 100 anos de construção. Seu sucessor, padre Castorino de Brito também foi ajudou neste intenso trabalho.

Um fato interessante, e que marca não só a história da construção, mas também da cidade, é que entre 1910 e 1911, na nave da Matriz, que ainda em construção, ocorreu o Cinema Sul-Mineiro, um dos primeiros de Lavras. E, em 09 de setembro, a nova matriz foi sagrada pelo bispo de Campanha, Dom João de Almeida Ferrão.

Características arquitetônicas

Uma das principais características mais marcantes da matriz é sua torre enorme torre, que foi concluída em 1923. A altura do piso até o topo de cerca de 50 metros. Essa foi a narração feita pelo então historiador Bi Moreira, Egídio, Joaquim da Laurinda e Joaquim Cacheado, alguns dos mestres daquela obra, foram os que incrustaram no alto da torre, a cruz, sendo o acontecimento festejado com muitos fogos de artifícios.

A torre da matriz possui três sinos: um deles foi importado dos Estados Unidos em 1912 e os outros dois foram fundidos na oficina da Estrada de Ferro Oeste de Minas em 1922. A torre guarda ainda um relógio, de marca alemã, comprado em 1958 e instalado em 1961.

A fachada do templo mostra-nos: no primeiro plano, o corpo da igreja e, acima deste, uma enorme torre, que tem como fundo, o céu, e a cor amarela-clara, daquela, contrastando com a cor daquele, a faz sobressair e ser admirada nos quatro cantos da cidade. Na torre existem, além do relógio central, dois outros que marcam as horas, através da luz solar. Há também os sinos, alto-falantes e uma sacada ou balcão externo, cercado por balaústres que permite, às pessoas, deslumbrar-se com a paisagem, até aonde a vista alcança. O estilo da obra é europeu.

O interior da igreja é composto por um enorme salão. No teto da igreja, sustentados por correntes, lindos lustres, com muitas luzes. Nas alas laterais estão os confessionários e, fixados na parede, os quadros retratando a paixão e morte de Cristo. Há um hall de entrada logo depois da porta principal. Após o pára-vento, na parte superior, estão as dependências do Coro Sagrado Coração de Jesus, fundado pelo casal alemão Afonso e Adélia, que veio em companhia do Pe. Fernando Baumhoff, em 1928. Por sessenta anos, entre 1931 e 1991, este coral foi responsável pela música litúrgica, que contava também com um harmônio.

Acoplados à Matriz tem-se ainda o salão paroquial e salas destinadas à assistência social, cursos bíblicos, de noivos, de evangelização, grupos de bases e catequeses.

Patrimônio artístico

A principal obra artística da matriz de Sant’Ana é seu imponente altar-mor, com seis imagens e um crucifixo, adquirido em 1929. Este altar foi feito por Ferdinando Stuflesser, escultor tirolês de Ortisei.

Outras imagens sacras existentes no interior do templo são as de Santa Inês, São Judas Tadeu, São Luís Gonzaga, São José, Santa Isabel, Santa Teresinha, São Sebastião, São Geraldo Majella, Nossa Senhora de Lourdes e do Sagrado Coração de Jesus.

Ainda no interior da igreja, do lado direito do altar-mor está a sacristia e, do lado esquerdo, a capela do Santíssimo Sacramento e a Pia Batismal, trabalhada em pedras onde corre uma linda cascata, com iluminação indireta e as imagens se São João Batista batizando Jesus.

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