Governo do Rio decreta luto de três dias pela morte de policiais militares

O governador Luiz Fernando Pezão decretou luto oficial de três dias pelas mortes do sargento Rogério Félix Rainha, o subtenente Camilo Barbosa Carvalho, o capitão Willian de Freitas Schorcht e o major Rogério Melo Costa. Os quatro policiais militares morreram na queda de um helicóptero da corporação, durante operação, na noite de sábado (19), próximo à Cidade de Deus, zona oeste do Rio, quando davam cobertura a uma ação contra o tráfico de drogas na comunidade.

“Reconhecemos e agradecemos a dedicação da Polícia Militar (PM) no combate ao crime e, em especial, dos policiais que perderam a vida no exercício de proteger e defender a sociedade. Expresso meus sentimentos aos parentes e amigos dos militares. Vamos seguir em frente em defesa dos cidadãos fluminenses”, afirmou o governador.

Ocupação

A cúpula da Secretaria de Segurança Pública determinou, após reunião de mais de quatro horas no Centro Integrado de Comando e Controle, que as unidades do Comando de Operações Especiais (COE), integradas pelo Batalhão de Operações Especiais, Batalhão de Choque, de Ações com Cães e Grupamento Aero Marítimo, vão permanecer na Cidade de Deus por tempo indeterminado até que os líderes da facção criminosa que atua na região sejam presos. Nesse domingo (20), sete corpos de homens, com marcas de tiros, foram encontrados por moradores na mata que circunda a comunidade.

Na noite de sábado, policiais militares do Bope apreenderam três fuzis automáticos, duas pistolas, munições, três rádios transmissores, quatro carregadores de pistola, além de 830 sacolés de cocaína, 53 sacolés de crack e 653 sacolés de maconha na Cidade de Deus. As equipes encontraram o material apreendido em área de mata, próximo ao local onde ocorreu a queda do helicóptero.

Entenda o caso

O helicóptero da Polícia Militar caiu na noite de sábado na Avenida Ayrton Sena, perto da Cidade de Deus, na zona oeste do Rio, matando seus quatro ocupantes, quando dava apoio a uma operação contra o tráfico de drogas. A operação foi feita depois que a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da região foi atacada a tiros por homens fortemente armados durante a manhã. Devido à ação, o tráfego de veículos ficou interditado na Linha Amarela, via expressa que liga a Barra da Tijuca à Avenida Brasil, e na Avenida Salazar Mendes de Moraes, onde fica instalada a sede da UPP.

Homens da UPP, com o apoio de outras unidades da corporação, fizeram uma ação na comunidade, mas ninguém foi preso. A via expressa ficou fechada por duas horas, entre as 10h e o meio-dia, provocando grande confusão no trânsito da região.

Na parte da tarde, houve novo confronto entre policiais e traficantes da Cidade de Deus e a via expressa foi novamente fechada. Um helicóptero da corporação que participava da operação, dando apoio aos homens que estavam na comunidade, caiu por volta das 19h30, matando os quatro ocupantes.

O secretário de Segurança Pública, Roberto Sá, disse que foi informado pela cúpula da Polícia Militar que a aeronave só decola para operação depois de ter sido vistoriada e apta para voos.

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