Focos de dengue continuam a preocupar Vigilância Epidemiológica de Lavras

Foi um verão histórico para o sistema de saúde pública e privada em Lavras. De janeiro a maio deste ano foram registrados 6 mil notificações de dengue, sendo três mil delas com casos confirmados e duas mortes provocados pela doença.

A guerra contra o mosquito transmissor do vírus, o Aedes Aegypti, envolveu quatro equipes de agentes de saúde, a presença de uma força tarefa do Exército Brasileiro para auxiliar no diagnóstico e tratamento dos casos em barracas improvisadas na Secretária de Esporte, Lazer e Turismo (SELT) e aplicação de inseticida por meio de nebulização, o “fumacê”.

A temporada rendeu ainda a retirada de toneladas de lixo em terrenos baldios da cidade, um dos principais focos de criadouros do mosquito. Dados divulgados pela Vigilância Epidemiológica apontam que as seis regiões mais afetadas pela doença são a centro norte/sul, com 1.109 casos, seguido pelos bairros Jardim Glória 394, Cruzeiro do Sul (323), jardim Floresta (267), Lavrinhas (263) e Vila São Francisco (226), áreas onde há maior incidência de casos da doença.

Segundo o chefe do órgão, Richardson Carvalho, a chegada do inverno fez com que muitas pessoas se descuidassem com relação a prevenção contra a dengue. Ele afirmou que muitos terrenos que foram limpos voltaram a registrar acumulo de lixo, o que eleva o risco de uma nova epidemia para o próximo verão, que começa em setembro.

“As ações de combate a doença continuam a todo vapor, mas é preciso que a população tome consciência da importância de manter lotes e residências livres de focos dos mosquitos”, disse.

O chefe da Vigilância Sanitária, Richardson Carvalho, e o responsável pelo departamento do órgão, Hernani Martins da Costa.
O chefe da Vigilância Sanitária, Richardson Carvalho, e o responsável pelo departamento do órgão, Hernani Martins da Costa.

DSC09322 - Cópia

Chefe do departamento do setor de dengue, Hernani Martins da Costa exemplifica o risco da falta de cuidados. “Já encontramos várias larvas do mosquito dentro de um saco de batatas Ruffles. Os ovos resistem por 450 dias. Eles estão a espera das chuvas para voltarem a eclodir”. Uma das medidas adotadas pelo órgão no combate a doença conta com a parceria de crianças da rede pública de ensino do município.

O projeto Agentes Mirins tem a participação de alunos da rede municipal e também de um grupo de escoteiros que funciona nas dependências da Universidade Federal de Lavras (Ufla). Eles são responsáveis pela divulgação de medidas preventivas de combate a dengue.

“As crianças tem uma forma delicada de abordagem, o que acaba sensibilizando os adultos”, finalizou Richardson Carvalho.

Atenção

Não custa lembrar as medidas que devem ser adotadas pelos moradores para evitar que a doença volte a se tornar uma epidemia no munícipio: Evitar água parada; Sempre que possível, esvaziar e escovar as paredes internas de recipientes que acumulam água; Manter totalmente fechadas cisternas, caixas d’água e reservatórios provisórios tais como tambores e barris; Furar pneus e guardá-los em locais protegidos das chuvas; Guardar latas e garrafas emborcadas para não reter água; Limpar periodicamente, calhas de telhados, marquises e rebaixos de banheiros e cozinhas, não permitindo o acúmulo de água; Jogar quinzenalmente desinfetante nos ralos externos das edificações e nos internos pouco utilizados; Drenar terrenos onde ocorra formação de poças; Não acumular latas, pneus e garrafas; Encher com areia ou pó de pedra poços desativados ou depressões de terreno; Não despejar lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos, mantendo-os desobstruídos.

Compartilhe esta notícia:

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Últimas Notícias