Depois dos primeiros dias de Olimpíada, meta brasileira de medalhas está distante

Olimpíada está longe de ser uma ciência exata, a não ser que estejamos falando de Michael Phelps. Nos demais casos, o que se tem antes das competições são expectativas, parâmetros, desempenho em provas preparatórios ou seletivas. Ainda assim, os países e várias publicações especializadas fazem previsões, indicam os principais candidatos e quem chega como azarão. No caso do Brasil, por sediar os Jogos, a meta é de ocupar uma posição entre os 10 primeiros no quadro de medalhas o que, a julgar pelas marcas de Pequim-2008 e Londres-2012, exigiria pelo menos sete ouros (o Comitê Olímpico trabalha com um total entre 22 e 24 pódios).

Passados os cinco primeiros dias de competição, no entanto, dois aspectos ficam claros: será necessário melhorar bastante o desempenho nas duas semanas restantes e, mais uma vez, o peso de carregar o país nos Jogos ficará com as modalidades coletivas – futebol feminino, vôlei masculino e feminino e o handebol feminino (apesar do tropeço de ontem, diante da Espanha) são fortes candidatos a medalhas.

Mesmo porque algumas das apostas brasileiras não conseguiram os resultados esperados. A consultoria Gracenote falava em oito ouros, nove pratas e três bronzes, mas considerava o vice-campeonato dos tenistas mineiros Marcelo Melo e Bruno Soares, eliminados nas quartas de final, e o terceiro lugar da judoca Érika Miranda, que acabou em quarto. Por enquanto, a única no alvo, sem trocadilho infame, foi a prata de Felipe Wu no tiro esportivo (pistola de ar de 10m.

No judô, restam quatro categorias e em três delas o desempenho teria de ser impecável para igualar o total de medalhas de Londres (um ouro, de Sarah Menezes, e três bronzes). A gaúcha Mayra Aguiar, que luta hoje, é considerada o nome mais forte entre as judocas até 78kg e Maria Suelen (acima de 78kg) também chega em ótima fase, mas, no caso dos xarás Rafael Buzacarini (até 100kg) e Rafael Silva, o Baby (acima de 100kg), a medalha no peito teria status de surpresa.

Menos mal que o boxe voltou a ganhar força em Londres, porque as modalidades que distribuem maior número de medalhas acabam pesando na conta. Por isso é de se questionar o investimento modesto para o ciclismo de pista que, entre masculino e feminino, distribui nove medalhas – o país é representado apenas por Gideoni Monteiro, no Omnium. Ainda que não rendesse lugar entre os três primeiros, seria um passo importante para a evolução pensando nas próximas disputas olímpicas

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