Congresso da UNE reúne cerca de 10 mil estudantes em Belo Horizonte até domingo

Cerca de 10 mil pessoas dos 26 estados e do Distrito Federal devem participar até domingo (18), em Belo Horizonte, do 55º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). O evento, que ocorre a cada dois anos, é o fórum onde se aprova as diretrizes políticas da entidade estudantil e se elege uma nova diretoria.

Cerca de 8 mil participantes são delegados com direito à voto por terem sido escolhidos em suas respectivas instituições de ensino.

Caravanas trazendo estudantes do ensino superior de todo o Brasil desembarcaram nessa quarta-feira (14) na capital mineira. A abertura do congresso ocorreu na noite de ontem, no Cine Belas Artes, com a exibição do documentário Praia do Flamengo, 132. O filme, que fez sua estreia nacional, apresenta a história da sede da UNE no Rio de Janeiro, que foi incendiada em 1964 e demolida em 1980, durante a ditadura militar. Ele traz depoimentos de ex-presidentes da entidade, como Aldo Rebelo e José Serra. Também há relatos de integrantes do extinto Centro Popular de Cultura (CPC) da UNE, entre eles o músico Carlos Lyra, o ator Milton Gonçalves e o escritor Ferreira Gullar, que morreu no fim do ano passado.

O restante da programação ocorrerá na região da Pampulha e se dividirá entre o campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o estádio Mineirinho. Entre hoje (15) e sexta-feira (16), serão organizadas diversas mesas de debate. Algumas terão presenças de políticos convidados como Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT) e Manuela d’Ávila (PCdoB).

Lideranças de movimentos sociais também foram convidadas para discutir temos como política nacional, educação, democratização da mídia, feminismo e reformas da Previdência e trabalhista. São previstos ainda shows, lançamento de livros, saraus e outras atividades culturais.

A presidente da UNE, Carina Vitral, disse que um dos pontos a serem debatidos é a necessidade de realização de eleições diretas no país. “A crise que o país vive impõe aos estudantes a necessidade de lutar por eleições diretas. Essa deve ser a principal bandeira que sairá do congresso. Também devemos aprovar novas ações para a luta contra as reformas propostas por Michel Temer, em defesa dos direitos trabalhistas e previdenciários.”

No sábado (17) e no domingo (18), os estudantes vão se dedicar a votar as diretrizes políticas para a gestão da entidade e a eleger a nova diretoria. De acordo com a Carina Vitral, o nome de todos candidatos serão conhecidos ao longo do congresso. Ela não disputará a reeleição.

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