Confira “Amor Einstein” por Paulo Curió

Amor bom é amor Einstein, amor Newton não!

Amor Isaac Newton é um amor acelerado, mais precisamente 9,80665 m/s²(ao nível do mar). Amor que só acelera acumula muita energia cinética, e energia acumulada ao menor impacto pode causar uma explosão de alguns megatons.

Amor bom é amor Einstein, amor Tesla não!

Amor Nikola Tesla vive em um campo eletromagnético, amor energizado, é preciso seguir as mais rígidas normas de segurança para se aproximar. Um amor assim é movido por uma fonte de energia externa, e amor pra mim vem de dentro.

Amor bom é amor Einstein, amor Hawking não!

Amor Stephen Hawking vai de encontro ao buraco negro. Amor Hawking é paradoxo. Amor onde tudo se perde e nada se transforma, e amor que não renova, amor que não renasce, realmente merece ser esquecido em um buraco negro.

Amor bom é amor Albert Einstein!

Amor Einstein é relativo. Amor que curva o tempo e o espaço. Se as palavras possuem peso específico, o que dizer dos sentimentos que são expressos por elas. Quanto maior o peso, maior a gravidade e assim o tempo acelera. -Você sentiu o tempo voar quando está ao lado da pessoa amada? 

Para o observador estático o tempo é diferente, ele não faz parte do seu campo gravitacional, o tempo se arrasta. Frequentemente, quando se está amando, ouvimos – Já tem esse tempo todo que vocês estão juntos?  – ou – Mas já vão casar? – Para os pobres mortais, os que ainda não viveram o amor, o tempo é Newtoniano. 
Einstein comprovou que ao se aproximar da velocidade da luz o tempo deixa de existir. 

Então é muito simples, você deposita seus sentimentos, os mais sinceros, os de maior peso específico, tudo em um mesmo ponto material, isso aumentará a densidade, a aceleração do tempo, atinge a velocidade da luz, e pronto, imortalidade! 

Se o amor verdadeiro é realmente eterno, ele deve ser vivido à velocidade da luz.
Mas cuidado ao perder seus sentimentos, diminuindo a gravidade, o tempo desacelera, a convivência torna-se um fardo, a vida a dois arrasta-se por eras.

Amor bom é amor Einstein. Porque amor não é uma ciência exata, amor é relatividade!

Paulo Curio*

 

 

* Sobre o Autor

Nascido em Porto Alegre, Paulo Curió, mudou-se para Lavras no início de sua adolescência, em 96. Amante da cultura popular, capoeirista desde os 5 anos de idade, desenvolveu projetos de capoeira por mais de uma década. Foi em Lavras, ainda nos anos 90, que seu trabalho como professor de dança ganhou notoriedade, sendo convidado a ministrar aulas em diversos locais. No início dos anos 2000, resolveu estudar as artes cênicas, indo para as cidades do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte. Desenvolveu projetos de destaque no âmbito cultural na cidade como Coordenador do Núcleo Cultural Unilavras. Metalúrgico desde 2005, graduou-se como engenheiro mecânico, tornando-se professor dos cursos de engenharia civil e produção. Atualmente, leciona em cursos de pós-graduação pelo Grupo UNIS, sendo engenheiro e responsável técnico da Mercomolas Indùstria de Molas,  consultor na Onixx Consultoria Organizacional. Curió, também, é músico na banda Circo da Lua e professor de forró. Como escritor, lançou em 2017 sua primeira obra, intitulada “Hemisférios – dos amores racionais às razões do amor”, um livro de contos, crônicas e poesias.

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