Cemitério superlotado preocupa moradores em São Tomé das Letras

 

 

Moradores de São Tomé das Letras (MG), que têm algum parente morto na cidade, estão passando por dificuldades para enterrar as pessoas. O problema é que o cemitério da cidade está lotado. No local, existe inclusive um túmulo que até já foi usado por pessoas que nem se conheciam devido à falta de espaço. Na cidade, até existe um outro espaço para se construir um novo cemitério, mas falta uma autorização ambiental para permitir a construção.

O Cemitério de São Tomé das Letras fica ao lado da Igreja Matriz, no Centro da cidade e não tem mais espaço para construir novos túmulos. Com isso, quem morre na cidade está sendo enterrado em qualquer jazigo. Há uma semana, a gari Cristiana Andrade descobriu que uma mulher que vivia na cidade há alguns anos, foi sepultada no túmulo da família. Revoltada, ela foi até a prefeitura pedir explicações.

“Morava na rua da minha casa, eu conhecia de vista, até então não tinha intimidade com ela. Ele [funcionário da prefeitura] falou que o túmulo estava quebrado, aí ele colocou a moça ali, mas até então ele falou que não sabia que era meu”, disse a gari Cristiane Andrade.

Outro morador disse que, por pouco, um estranho não foi enterrado no túmulo da mãe dele, que morreu há 30 dias. “Nós conseguimos impedir porque meu irmão esteve aqui, ficou sabendo e falou com o coveiro”, disse o extrator de pedras João Reis Cardoso.

Uma das reclamações dos moradores é que está difícil até circular entre os túmulos. A alternativa para a falta de espaço tem sido construir novas vagas sobre os túmulos já existentes. No entanto, o máximo permitido são três andares.

A obra de um novo cemitério começou em 2012, com recursos do governo do Estado e do município, mas assim que assumiu a prefeitura em 2013, a prefeita suspendeu a obra. Segundo ela, o muro construído estava irregular e faltava a licença ambiental.

“Esse terreno é rochoso, logo abaixo nós encontramos duas minas, na hora que enterrar essas pessoas, essa estrutura não aguenta e as minas serão prejudicadas”, diz a prefeita Mariza Maciel.

A prefeitura sugeriu então que os sepultamentos fossem no Cemitério do Sobradinho, distrito de São Tomé, mas os moradores acharam longe. Ela também diz que está tentando uma outra área sem riscos ao meio ambiente para construir um novo cemitério.

 

Fonte: G1

 

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