Consumidores que estão inadimplentes com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) têm até 13 de março para renegociar o pagamento de faturas atrasadas junto à distribuidora. Quatrocentas mil correspondências foram enviadas a clientes que devem mais de R$ 300 à concessionária, indicando um rombo mínimo de R$ 120 milhões à energética. O número de inadimplentes é 33,4% maior do que o registrado em 2016, quando foram encaminhadas 300 mil cartas.
No 30º dia da conta em atraso, a Cemig já pode cortar a energia do devedor. Parte do público chamado a renegociar o débito, portanto, já está com o serviço suspenso. A Região Metropolitana de Belo Horizonte responde por 40% das faturas em atraso.
Vantagens
Quem pagar à vista poderá quitar o débito sem atualização monetária. Para aqueles que quiserem dar uma entrada de no mínimo 30%, haverá recomposição do montante pela inflação, mas o consumidor poderá parcelar o restante sem juros. Para aqueles que quiserem financiar a dívida, é possível pagá-la em até 24 vezes. Os juros variam de 0,7% a 1,4% ao mês.
Este ano, a Cemig criou um novo canal para a renegociação, por meio do telefone 0800-721.7003. O canal funciona das 9 às 21 horas, de segunda a sexta-feira, e, aos sábados, de 9 às 15 horas, exceto feriados.
Há, ainda, pontos físicos para que os consumidores possam fazer a renegociação. Um atendimento exclusivo está funcionando na rua Itambé, 114, no bairro Floresta, próximo ao viaduto de Santa Tereza. Nas agências da rede Cemig Fácil também é possível colocar as contas em dia.
Dívidas menores
De acordo com o agente de comercialização da concessionária, Webert Almeida Botelho, quem não recebeu a correspondência também pode renegociar o débito.
“Focamos nas dívidas acima de R$ 300. Aqueles que devem menos também poderão ter o débito avaliado. Neste caso, será uma análise caso a caso”, afirma.
Cabe ao titular da fatura pedir a renegociação. É necessário que ele confirme os dados cadastrais no contato telefônico, ou, se o atendimento for presencial, apresentar documentos, como o CPF ou RG.
Aqueles que não puderem comparecer pessoalmente às agências podem enviar um representante legal, “que deve estar munido da devida documentação e procuração para esse fim”, alerta a analista econômico-financeiro da concessionária, Denise Souza.
