Casos de câncer de mama aumentam quase 60% em 1 ano no Sul de Minas

 

Um levantamento feito pelo Centro de Oncologia do Hospital Bom Pastor, em Varginha (MG), indica um crescimento de quase 60% nos casos de câncer de mama entre os anos de 2013 e 2014. As mulheres entre 50 e 54 anos estão na faixa etária com o maior número de casos. Neste mês, a campanha “Outubro Rosa” alerta para a importância de fazer o autoexame, já que em muitos casos, a doença não é percebida em seu estágio inicial nos exames preventivos de rotina.

O Hospital Bom Pastor em Varginha atende pacientes de 140 municípios do Sul de Minas. O atendimento no setor de oncologia está sempre lotado e os números de casos de câncer de mama só aumentam.

A doença é silenciosa e geralmente não tem sintomas. Por isso, o diagnóstico precoce depende muito da mulher que se toca e faz o autoexame.

Maria Bernadete Picheli descobriu que tinha câncer de mama em 2013. O diagnóstico foi um grande susto. Ela teve a doença no estágio dois, perdeu o cabelo e teve que tirar uma das mamas.

Preocupada com a saúde, ela sempre fez atividade física e ia com frequência ao médico. Bernadete também fazia exames preventivos com rotina, mas foi uma queixa dela que ajudou a médica a identificar o tumor durante uma mamografia.

“Suspeitei que fosse um cisto, alguma coisa. Foi uma grande surpresa, meio chocante ‘né’, porque ninguém espera isso na vida… mas vem, e aí você tem que enfrentar”, lembra a assistente de caixa.

Tratamento

O estágio da doença determina o tipo de tratamento que o paciente vai precisar passar. A radioterapia ajuda a diminuir a velocidade de reprodução das células cancerígenas. Na quimioterapia, são usados medicamentos injetados na veia que agem pra acabar com o tumor, e nem todos os tipos de quimioterapia há a queda de cabelo.

“Tem quimioterapia que não atinge o bulbo capilar, ela é centrada só para o intestino, só para esôfago, e aí não vai ter a queda do cabelo”, explica a enfermeira Jussemara Nascimento Ventura.

Descobrir a doença logo no início faz toda a diferença para o tipo de tratamento que a paciente vai receber. “Quanto antes detectar o nódulo, menos quimioterapia você vai ter, vamos assim dizer. O protocolo exige conforme o [estágio] que o médico faz”, completa a enfermeira.
Patrícia Gomes de Castro também teve a doença no ano passado e conseguiu se curar. Ela continua tomando um hormônio pra evitar que o câncer de nível um volte. A doméstica fez oito sessões de quimioterapia e 30 de radioterapia, e não precisou retirar os seios.

Hoje ela alerta as pessoas sobre a importância de cuidar da saúde e prevenir a doença. “Nas rodas de amizade da gente não tem essa conversa, ninguém fala de câncer. A mulherada acha que é só ir no ginecologista, mas eu acho que, no meu caso [por exemplo], se eu tivesse conversado com alguém, eu teria feito autoexame: ‘nossa, estou com uma ‘bolinha’ aqui, vamos fazer [o exame]?’ Então, eu não tive essa conversa com ninguém, por isso eu acho que demorou um pouquinho [para detectar o câncer].”

 

Fonte: G1

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