Ato pela regulamentação do serviço de mototaxi dividiu categorias

 

 

O ato realizado por motociclistas para pedir a regulamentação do serviço de mototaxi em Lavras acabou por mostrar uma cisão entre categorias.

Realizada na noite de ontem (21) em frente à Câmara Municipal, a manifestação colocou de um lado aqueles favoráveis à regulamentação do projeto (foto) e de outro motofretistas insatisfeitos com o desenrolar da proposta. A mesma foi desencadeada por uma ação popular baseada em 4 mil assinaturas de moradores favoráveis a ela, mas foi negada pelo prefeito Dr. José Cherem semanas atrás.

Acompanhado por um pequeno grupo de motociclistas munidos de cartazes, o responsável por promover a ação, Rodrigo Mario Corradini, se posicionou em frente ao prédio do Legislativo momentos antes do início da sessão ordinária.  O ato pacífico serviu para chamar a atenção dos vereadores sobre a proposta que precisaria ser encaminhada pelo chefe do Executivo para ser aprovada pelos vereadores, pois se trata de um serviço de transporte público.

Poucos metros acima do prédio da Câmara Municipal, um grupo maior de motofretistas se uniu para discutir a proposta, a qual colocaram questionamentos. Segundo eles, a mesma proposta já havia sido encaminhada ao prefeito da gestão passada, mas também foi negada. Para a categoria, a proposta pode estar contaminada por “interesses políticos” e caso aprovada poderá limitar o número de motociclistas que oferecem diversos serviços na cidade de forma autônoma.

Motofrestistas questionaram proposta durante ato.

Para Rodrigo Mario Corradini, no entanto, o serviço que se pretende implantar no município busca a legalidade e a confiança do consumidor. Ele credita a divisão da categoria àqueles  que trabalham de forma clandestina ou na informalidade no município.

“Eles acreditam que a legalização do serviço vai ser um empecilho na atividade que eles desenvolvem. Nós, pelo contrário, acreditamos que a legalização vai favorecer empregos diretos e arrecadar recursos para que o município melhore as políticas públicas de trânsito. Nossa ideia não é tirar ninguém do ramo, mas que eles possam se legalizar e trabalhar de forma independente”, disse.

O presidente da Câmara Municipal, vereador João Paulo Felizardo,  afirmou que todos os manifestantes eram bem vindos à sede do Legislativo. Ele informou que uma audiência pública será realizada no final do mês de setembro para discutir o tema. Ela salientou que ela servirá para esclarecer dúvidas da população, ouvir as partes envolvidas e gerar discussão entre opiniões favoráveis ou contrárias.

Felizardo se declarou publicamente a favor da implantação do serviço na cidade e disse que a decisão final será dada pela população do município.

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