Anastasia aceita ser candidato a governo de Minas, mas impõe condições

Ele será o candidato tucano no pleito de outubro

Após muita resistência, o senador Antonio Anastasia aceitou ser o candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais nas eleições deste ano. A decisão ocorreu na noite desta sexta-feira (16). Ele ligou para cada um dos deputados das bancadas federal e estadual do partido para anunciar sua decisão, alguns parlamentares até mesmo foram pegos de surpresa. Com a resposta positiva do tucano, a sigla torna-se de novo protagonista no processo eleitoral.

O deputado estadual João Vítor Xavier confirmou a informação para a reportagem e disse ainda que Anastasia autorizou que sejam iniciadas as conversas com legendas que historicamente foram aliadas ao PSDB. Isso, inclusive, coloca em dúvida a pré-candidatura do deputado federal Rodrigo Pacheco ao comando do Estado pelo DEM. Ele saiu do MDB e vai se filiar ao partido na próxima segunda-feira. Contudo, membros da legenda já haviam dito anteriormente que, se o senador fosse candidato, o DEM iria apoia-lo.

“O senador ligou por agora confirmando a sua decisão de disputar o governo do Estado de Minas Gerais. Ele está colocando o seu nome à disposição do partido e dos partidos aliados para que possamos formar um grande campo de convergência para a eleição. Ele autorizou que o PSDB abra conversações com outros partidos aliados para que possamos formar uma grande frente para a disputa pela eleição. E agora será o momento de trabalharmos para construirmos essa unidade com os partidos que historicamente fazem parte do nosso campo político”, contou João Vítor Xavier.

Até o início da noite dessa sexta-feira (16) a informação de pessoas próximas a ele era de que o senador estava mais suscetível a ser candidato, mas que somente tomaria essa decisão em abril, após voltar de uma viagem internacional à Suíça. Ele embarca na próxima quinta-feira para  Genebra para representar o Senado na 138ª Assembleia da União Interparlamentar.

Nos últimos dias, a pressão para que Anastasia aceitasse entrar na disputa pela cadeira do Palácio da Liberdade foi acentuada e ocorreu em pelo menos três frentes. A primeira é que um nome do PSDB no Estado auxilia a pré-candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à Presidência. O paulista até mesmo veio em Minas Gerais na última semana e declarou que o senador era o nome natural da legenda para o pleito, mas que a decisão poderia ser tomada com calma.

A segunda é por conta da possibilidade de aumentar as chances da sigla de atrair mais partidos para eleger mais deputados e reeleger os atuais. Por isso, as bancadas já haviam dito ao senador que se ele não aceitasse ser candidato, poderia ocorrer uma debandada no ninho tucano durante a janela de troca partidária.

No entanto, pessoas próximas de Anastasia dizem que o fator que mais o levou a pensar em concorrer ao cargo hoje ocupado por Fernando Pimentel (PT) refere-se às questões municipalistas. O tucano recebeu diversos apelos de prefeitos para que fosse candidato. A principal queixa é quanto a atrasos, por parte do Estado, no depósito de diversas verbas.

Fonte: O Tempo

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