Advogada fala sobre o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças

 

 

No dia 18 de maio de 1973, uma menina de 8 anos foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada no Espirito Santo. Seu corpo apareceu seis dias depois carbonizado e os seus agressores, jovens de classe média alta, nunca foram punidos. A data ficou instituída como o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes” a partir da aprovação da Lei Federal nº. 9.970/2000.

Existe diferença entre abuso e exploração sexual. No primeiro envolve contato sexual entre uma criança ou adolescente e um adulto, isto acontece quando o adulto utiliza o corpo de uma criança ou adolescente para sua satisfação sexual. Já a exploração sexual é quando se paga para ter sexo com a pessoa de idade inferior a 18 anos.

No Brasil, 95% dos casos desse tipo de violência são praticados por pessoas conhecidas das crianças. Em 65% dos casos há a participação de pessoas do próprio grupo familiar.

A criança não entende que está sofrendo um tipo de violência, ficando sem saber como agir ou reagir. É fundamental que pais e professores fiquem atentos à linguagem não-verbal de pedidos de ajuda. Então, podem ser sinais de abuso: perturbações no sono, aumento ou diminuição da alimentação, queda no desempenho escolar e mudanças de comportamento bruscas e repentinas.

 

Vivenciar um trauma de abuso sexual pode impactar de maneira devastadora sua integridade desencadeando o desenvolvimento de transtornos de personalidade, quadros graves de depressão ou ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático, desenvolve sentimento de culpa, dificuldades em se vincular afetivamente estabelecendo relações de confiança.

Você pode proteger nossas crianças e adolescentes recorrendo ao Conselho Tutelar ou discando 100.

Texto: Drª Michele Rocha – Advogada e Presidente da Comissão Infância, Juventude e Idoso da OAB – Lavras.

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